13 novembro 2011

6 coisas que os recrutadores procuram (e que os profissionais não têm)


São Paulo – Há quem viva uma carreira inteira apenas mirando os postos mais altos da companhia, mas que nunca passou nem perto de alcançá-los. O motivo para isso pode estar em um erro de foco para o próprio desenvolvimento profissional. É o que revela levantamento feito pela Career Advisory Board. Segundoa pesquisa, tanto os profissionais novatos no mercado de trabalho quanto aqueles que miram o alto escalão admitem não ter algumas das características mais importantes, segundo os recrutadores. Para chegar à lista, a companhia consultou 540 recrutadores de grandes companhias americanas e 734 pessoas de diferentes níveis que estão procurando emprego. Os profissionais que miram os postos mais elevados tiveram o pior desempenho da pesquisa. Eles admitem não ter características como visão estratégica, perspectiva global e, até, habilidade para fazer networking – itens considerados de suma importância pelos recrutadores. Confira quais foram os itens que apresentaram a maior lacuna na relação entre a demanda das companhias e a auto avaliação dos candidatos:  
Visão estratégica
A característica mais importante para executivos, segundo os próprios recrutadores, também é a que apresenta a pior lacuna com relação à avaliação dos próprios candidatos.
Enquanto os headhunters dão nota 78 para o grau de importância da característica para o cargo, os aspirantes ao alto escalão avaliam a si mesmos com nota 21 nesse quesito. Com isso, a lacuna é de 57 pontos para esse fator.  
Visão global
Compreender outros mercados e estar pronto para lidar com a complexidade do mundo atual é a quarta característica mais importante para os profissionais que queiram atuar em cargos executivos. Mas, apesar dessa demanda dos novos tempos mundiais, os candidatos a esse tipo de oportunidade admitir não ter qualificação ou experiência suficiente para lidar com o assunto.


Segundo os cálculos da pesquisa, entre os profissionais que miram o alto escalão, a lacuna entre o grau de importância da característica e a avaliação dos próprios candidatos é de 47 pontos.
Perspicácia
Um quê de malícia e esperteza para negócios é o terceiro ponto mais bem cotado para cargos do alto escalão. Nesse aspecto, os profissionais também tropeçam. A lacuna para o quesito é de 45 pontos.
Habilidade para fazer networking
Ter uma rede de contatos extensa (e feita com qualidade) não abre apenas as portas para oportunidades de carreira. Na visão dos recrutadores, esse atributo é essencial para o bom andamento dos negócios – quando você está no topo de uma grande organização. , Mesmo com prováveis muitos anos de experiência no currículo, os quase executivos admitem que ainda sofrem para fazer um bom networking. Não deu outra. A lacuna para o fator é de 15 pontos entre quem mira o alto escalão.
Automotivação e Proatividade
Profissionais de média e alta gerência já aprenderam a criar estratégias para tomar a frente de projetos e se motivar sem que o chefe fique no pé como uma espécie de líder de torcida.
O problema, segundo o estudo, está na multidão de profissionais recém chegados ao mercado de trabalho. Entre eles, a lacuna entre o grau de importância elencado pelos recrutadores e a autoavaliação rendeu 11 pontos negativos.
Habilidades interpessoais
Lidar com gente, pelo que se vê, é uma pedra no sapato tanto para profissionais recém chegados ao mercado de trabalho quanto para quem já mira cargos na média gerência. Em ambos os casos, a lacuna entre a demanda dos recrutadores e o que os candidatos estão prontos para entregar foi de 5 e 8 pontos negativos, respectivamente.
Talita Abrantes

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